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Em junho de 2007 a Embaixada é convidada, pelos Standardarchitecture e pela Arq.ª Paisagista Cláudia Taborda, a participar no projeto do Yarlung Tsangpo River Canyon Development. Este é um projeto de grande amplitude, para o desenvolvimento do complexo turístico nas margens do rio Yarlung Tsangpo ao longo de 85km no Tibete Oriental, onde um crescente número de turistas se desloca para ver a montanha Namcha Barwa, o ponto mais alto do mundo relativamente à cota do rio. No âmbito deste convite a Embaixada participou na discussão geral do plano de intervenção, tendo posteriormente ficado responsável pela concepção de um dos pontos de intervenção, o cais do Niang’Ou. O local de implantação é o ponto de confluência do rio Niang’Ou com o rio Yarlung Tsangpo, um local com uma paisagem esmagadora e praticamente intacta. O programa para o cais implicava um aumento significativo da carga construída e da pegada humana sobre o território, prevendo a ampliação e modernização das infraestruturas existentes. Estava prevista a criação de uma interface com a reconstrução e duplicação do cais de turismo, a implantação de dois restaurantes de grandes dimensões, uma loja/café, áreas de escritórios, residências para trabalhadores e um parque de estacionamento para autocarros de turismo. O projeto proposto parte da premissa de que é necessário estabelecer um diálogo contextual à escala da paisagem, e só depois articular processos construtivos. Nesse sentido o programa é organizado sob uma passerelle descendente, numa narrativa linear que depois se complexifica, desde a cota alta de intervenção (3 000m) para onde se propõe um miradouro, até à cota baixa do leito do rio (2 971m). Este percurso organiza e estrutura a ocupação, hierarquizando o programa e definindo as relações inter-programáticas, sendo a partir dele que se estabelecem os tabuleiros de ocupação e as áreas interiores. Cada espaço encontra assim um sentido na relação com o todo e com a paisagem, intermediando o corpo.