Habitar PortugalHP

De que forma determinadas premissas bioclimáticas podem ser combinadas num espaço, enquanto experiência perceptível e sensorial? O espaço público como estaleiro e laboratório vivo de ideias e vivências. Esta primeira intervenção da Still [urban design] pretendia criar um espaço de estar de conceção bioclimática – uma conceção focada na mediação entre homem, clima e ambiente – no troço pedonal do topo oeste da Rua Miguel Bombarda. O objetivo foi o de dotar a rua de um momento de paragem onde, durante o evento, os transeuntes pudessem usufruir da sombra e proteção face ao vento. Esta intervenção aliou estas massas vegetais em unidades modulares móveis com elementos de mobiliário urbano e surge do trabalho conjunto de várias disciplinas. O módulo-base é composto por três partes: um contentor de água de 1 000 litros, um nível de arbustos e uma árvore. Ao módulo-base juntam-se três variações do mesmo: “Árvore” [módulo-base], “Sebe” [contentor + arbustos adultos], “Pomar” [contentor + arbustos + árvore de fruto], e “Vela” [contentor + arbustos + dispositivo de sombreamento arti cial ou trepadeira sobre estrutura metálica]. Os módulos per se não são o objetivo mas sim o meio para o atingir – diferentes con gurações espaciais, baseadas em premissas bioclimáticas, onde, de um modo simples e eficaz, se pretende contribuir para a consciencialização da comunidade quanto à importância que o conforto térmico em espaço público tem para o seu bem-estar. Garantir o conforto térmico em espaços exteriores é fundamental para assegurar o uso e significado dos espaços públicos, reduzir custos de manutenção, dinamizar economias locais e contribuir para a sustentabilidade de toda a cidade.