Évora

Está a arquitectura sob resgate?

Horário

Outubro - abril

Terça a Domingo
10h00-18h00


Maio - Setembro

Terça a Domingo
10h00-19h00


Entrada Livre

 

Data
24.09 – 30.10.2016

Local
Fórum Eugénio de Almeida

Largo do Conde de Vila Flor, Évora

Está a arquitectura sob resgate? Évora
A selecção de oitenta obras de arquitectura nesta edição Habitar Portugal faz-se perante uma pergunta: está a arquitectura sob resgate? O resultado pretende ser uma reflexão em aberto, propostas para a construção da percepção de um momento significativo para a arquitectura portuguesa. O período a que esta edição corresponde, 2012–2014, é coincidente com o programa de resgate financeiro a que Portugal esteve sujeito. Quis-se, por isso, analisar e compreender o impacto que inevitavelmente este facto teve na prática dos arquitectos portugueses. A observação das obras seleccionadas não torna evidente uma preocupação específica com os programas ou as actuações que, de uma forma ou de outra, incorporaram a actual situação social, política e económica como um seu motivo. Procura, antes, perceber qual o impacto desse estado que ainda não sabemos quanto de transitório terá, de que formas se manifesta e que consequências deixa. A arquitectura é uma prática social e, por isso, dependente e condicionada pelos meios através dos quais as sociedades projectam em forma, objecto e espaço, o momento por que passam. Ao mesmo tempo tem um autor ou autores, o que significa que cada arquitecto é um filtro que reorganiza ideias várias e de proveniências distintas e as materializa numa obra. A variedade de opções, práticas e posicionamentos é evidente, e as obras que aqui se apresentam são disso testemunho. 

A exposição que a Fundação Eugénio de Almeida decidiu aco- lher faz parte de um conjunto de mostras que percorre o país, procurando nas suas diversas manifestações compreender, discutir e reportar o estado e a condição da arquitectura portuguesa. Para esse efeito, cada exposição é única quer no seu layout, quer na parede que reúne os elementos de um processo de trabalho e de reflexão do comissariado com conteúdos originais. Na FEA o destaque é dado às obras de Évora ou na sua proximidade geográfica de forma a podermos ter delas uma percepção mais completa, ver os processos que lhes deram origem e visitá-las. A obra de Nuno Cera que aqui se apresenta pertence a uma visão que da arquitectura se pode ter a partir de outras áreas, neste caso desde a fotografia. Esta possibilidade de uma reflexão expandida inclui-se no esforço de fazer desta edição hp 12-14 uma oportunidade para cruzar olhares de origens distintas e, igualmente, alargar o seu âmbito às suas cinco edições anteriores que desde o ano 2000 reúnem já um acervo de cerca de 400 obras. Um palimpsesto de registos que sugerem um esforço de comparação com o momento que vivemos.

Os processos de crise foram sendo historicamente momentos fecundos para a arquitectura e para a sua história, como podemos então ver e perceber este por que passamos agora? Se a arquitectura está sob resgate, como é o seu reajustamento? 

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